quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

onde o fim da tarde é lilás


Eu conheci um lugar lindo! Pra lá de especial. Se o mundo realmente acabasse no dia 21 e eu merecesse um bom lugar para passar a eternidade, certamente ele seria igual. Às vésperas da anunciada tragédia maia eu estava lá, a pensar nisso...

Casa bem construída. Rica em detalhes. Em cores, cheiros, sabores, bebidas. Casa colorida. Sossegada. Paz reinante. Casa de gente do bem! Gente generosa, amigável, amável, hospitaleira, com boa comunicação. Gente que se mistura de um jeito tão simples a uma natureza tão rica.

A piscina é refrescante, a ducha gelada, o chuveiro super quentinho. O lago é crespo de tanto peixe. As flores, fartas. O coentro mais cheiroso. Grama verdinha, terra boa.

Há pássaros. Espécies variadas. Cachorro que não late amalucado. Sons da natureza: cigarras, pássaros, grilos, sapos e outros mais.

O mais impressionante de tudo é a quantidade de beija-flores. Não sei dizer: 30, 40, 50 todos juntos, simultâneos a beber água doce, a agitar asas, a se pintar no sol e escurecer na sombra. Colibris que não têm medo de ninguém, que fazem festa constante e que parecem gostar dos barulhinhos das câmeras.

Um lugar fantástico, do mundo da fantasia, mas bem real, pra quem se aventura por uma estrada linda, com figueiras impressionantes, eucaliptos alinhados, uma casinha ou outra e algumas plantações.

Fica no Espírito Santo, sem trocadilhos. Em Santa Teresa, idem. Nas montanhas. Sul ou norte, não sei bem.

Sei que o meu relato é inútil porque não tenho habilidade suficiente pra descrever um lugar tão cheio de detalhes que causam tanto deslumbramento.

Apesar de ser invadida por profunda mesquinharia em guardar o lugar, preservá-lo de invasões, pessoas, de não dividir os bolos quentinhos saídos do forno pela manhã, o café passado na hora, toda hora, o vinho geladinho, o silêncio; tenho um sincero desejo que minha família, meus amigos, meus caros, que todos que conheço e gosto, também visitem e desfrutem.

Um lugar que a gente nem sente os pés no chão...






As duas primeiras fotos são da Sylvia, a terceira é da mão da Sylvia...
Ela, que conhece tão bem o lugar, foi a grande alma que dividiu essa maravilha.

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