Eu gosto de ouvir pessoas que sabem sobre o
que falam. Sabem não só o saber teórico, lido e aprendido; sabem o saber
vivido, sentido e transformado.
Acho que os jovens são assim. Lêem uma coisa
aqui, escutam outra ali, compram um livro acolá, levam essa rotina em meio a
vida: vão ao parque, ao cinema, ao show, à livraria, ao bar, ao teatro, à
festa... tudo a se misturar, a formar os saberes, a mesclar e relacionar aprendizado
com vivência.
Os jovens têm a disposição física para
jornadas inacreditáveis: depois de livro imenso, um filminho para descansar e
tomar fôlego para assistir espetáculo. Ou depois de um papo inesgotável com os
amigos, as leituras para a faculdade antes de sair para o cinema. Ou depois das
compras na livraria, a imersão na poltrona para leitura, em seguida, os planos
de viagem.
Respirar ar puro, tomar sol, conversar com os
amigos, observar as gentes, entrar no mar é tão importante quanto se enfiar por
dias a fio em bibliotecas, ler todos os jornais, se informar sobre a história
da humanidade e fazer cálculos grandiosos.
A vida vivida de verdade. A plenitude dos
sentidos. Nenhuma verdade definitiva, tudo em aberto.
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