Poucas vezes pisei doente. Aprendi a conhecer o corpo e dar água ou chá ou gelo quando ele me conta seus sinais. Mais não sei.
Já recorri a médico: emergências noturnas, paradas vespertinas ou convencionalidades matinais.
Também me tratei com curandeiros, benzedeiras, feiticeiras, simpatias e bruxarias.
Para cada tipo de ziquizira uma comidinha diferente: sopa, água e sal, purê, sorvete...
Observei algumas coisas: corpo em curto não combina com pés no chão, friagem ou agitação; aperto no peito muitas vezes é sintoma de saudade; o cotovelo só dói se provocado e nenhum entrave moral resiste a dor de dente.
Tomei vacinas, tive caxumba, varicela e pneumonia. Tenho ciclo regular, bom fôlego e resistência impressionante.
Conheci as consequências de comer ostra estragada e de beber rum em demasia.
Tenho coração galopante, arrítmico, apressado. Fui diagnosticada com pré-síncope, código I-49 e extrassístoles supraventriculares.
Algumas ideias passeiam pelo corpo e inspiram arrepios, dores de estômago e coceira na pele.
O nervo ciático conversa com todas as tribos e desencadeia reação em massa.
Faço acupuntura, tomo remédio, sou míope e conto com 254 mil incansáveis plaquetas.
Cabeça e coração não dialogam.
E o corpo ainda é pouco...
e o o pouco ainda purga.
ResponderExcluirbelo texto.
fique sã na real e na ficção.
gosto tanto quando você passeia por aqui, Lina.
Excluirbeijoca
Muito bom...
ResponderExcluiroi Cong,
Excluirque bom ter sua visita!
beijo