quinta-feira, 25 de abril de 2013

na cama, eu fico pensando


As vezes levanto sonhando. Tem manhãs que nem acordo.
Às seis desperto, as sete caio, às oito tenho vontade de voltar.
Me delicio com os dias de preguiça e as noites de grande disposição. 
De dia eu faço graça, à noite dou bandeira.
Bobeira!
Lençol fresquinho, coberta quente e travesseiro fofo são meu passaporte. Relógio é inferno. Inverno é verão e o escurinho cai bem a qualquer hora.
Meia-luz, meia lua, meia noite, mais meia hora, meia volta, volta e meia, pés sem meia.
Gosto de pijamas. Pijamas curtos, longos, macios, sem manga, que cobrem, que despem, que deixam em pêlo.
Gosto de água. Ao lado, fresquinha. Antes, no banho. Pra beber, pra benzer, pra banhar...
Gosto de silêncio. Silêncio de passarinho pela manhã. Silêncio de sussurros à noite. Silêncio de boas conversas a qualquer hora.
Na cama a realidade não tem vez. Na cama os prazeres do corpo e dos sonhos; dos sonhos de dormir e dos sonhos de acordar. Na cama até o sol raiar, até a lua subir, até o outro dia. E o outro.
Na cama, pés, beijos, braços. Luta. Flores.
É na cama que a vida acontece!


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