Poucas vozes me comovem tanto quanto a do Renato Braz. Já o vi mil vezes em show, ele só melhora. Todos os seus discos (aqui em casa em dobro, porque minha Lívia também os tem) estão escangalhados de tanto rodar, de tanto entrar e sair do carro, passear e voltar das casas dos amigos, ir e vir...
Como se não bastasse ter essa voz e essa afinação toda, ele é ótima pessoa! Pai dedicado, amigo generoso, criatura bem humorada. Leve, bacana, bom sujeito. Decente!
Já escrevi sobre ele tantas vezes, que pode dar a impressão de não haver mais nada a ser dito – só escutado. Mas, eu sei, ainda não consegui arrumar as palavras de modo que fique claro o tanto que gosto dele e de sua arte.
Lembro da primeira vez que fui à sua casa (ele nem lembra, aposto), faz muito tempo, mais de década. Conversávamos uma groselha qualquer e de repente ele sacou o violão e cantou. Eu quietinha, sentada no sofá, nem chorar consegui. Acho que nem respirar eu respirei.
Nos meus momentos de solidão, ele me acompanha de jeitos interessantes. As vezes me aumenta o sofrimento, as vezes alivia, as vezes traduz.
Faz alguns meses que não nos vemos. Tempo muito grande para a amizade e o bem querer, mas o trago aqui, bem aqui dentro: na lembrança dele cantando na sala da sua casa ou na maloqueirice dele deitado na rede da minha.
Ei, Braz, é muito bom tê-lo aqui!
Tentei postar videozinho lindo, mas não rolou. Então, olha link:
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