segunda-feira, 30 de junho de 2014

a vaia da vaia da vaia


Hermanos, a vaia ao seu hino à capela não diz que lhes desrespeitamos ou não lhes admiramos. Vocês sabem como são as coisas em campo e na arquibancada, não pintam nossas relações exteriores, não falam de diplomacia, não se dirigem à vida real.

Vaiamos, porque hino à capela só defendemos o nosso!

Se ainda nos encontrássemos nesse torneio, asseguraríamos o respeito ao tempo oficial de seu hino, como fazemos com todos, depois disso, colocaríamos a boca no trombone a defender nosso território.

Não somos mal educados, nem lhes queremos mal. Recebemos todos vocês aqui com hospitalidade e suportamos felizes quando, de madrugada, alguns de vocês passaram sob nossas janelas no coro Chi chi chi, Le le le. Também não condenamos sua nação inteira por aqueles 85 que invadiram o Maracanã.

Há em nós, admiração por seu país, sua natureza, seus picos nevados, seus índices de IDH e até por seu futebol. Vaiamos parte de seu hino porque isso também faz parte do jogo, dos jogos, das arquibancadas, que por aqui vaiam até minuto de silêncio...

Nossas portas continuam abertas e nossa admiração por vocês segue inabalada. Queremos que voltem, que voltem sempre, que venham por motivo de futebol ou de férias, de trabalho ou descanso, sozinhos ou com suas famílias. Sentaremos lado a lado e festejaremos a alegria e tragédia de nossa mesma América.

Também queremos continuar a visitá-los e aproveitar o que seu país tem de tão farto, sedutor, sério e encantador.   

Que o chato do politicamente correto não invada nosso futebol e que possamos continuar em festa, sem preconceito, sem desrespeito, sem tanta seriedade a manifestar nossas venturas.

Acreditem, a vaia, ao fim e ao cabo, é uma homenagem torta, um jeito de dizermos que é preciso desestabilizar a confiança, de que tememos por nosso espaço. De que os respeitamos muito! 



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