Todo mundo espera alguma coisa de um sábado à
noite.
Eu espero que ele se alongue e se alongue e
que dure mais que suas 36 horas habituais. Não conheço o domingo que não outra
forma como extensão, sobrenome, esgotamento de sábado. Seja para curar ressaca,
continuar os planos, estender a viagem, terminar o trabalho, pendurar as
roupas.
Gosto dessa noite, dessa data em que muitos
tomam as ruas, os bares, os dancings, os restaurantes e eu me protejo e
escondo, planejo e concretizo, recolhida em meu Lácio particular.
Esgoto as possibilidades da solidão e viro
caminhante noturna pelos compartimentos da casa, da mente, dos suspiros.
Refaço projetos e me atiro em providências
urgentes, que são variáveis e incontestáveis e inadiáveis e improrrogáveis.
A noite de aleluia é temporada de Frank
Sinatra, de uso do telefone, de pedido de comida, de conversa com amigo, de
Agualusa, de taça de vinho, de oração e descanso, de agricultura abundante. É a comemoração do sétimo dia,
do sexto dia, de todos os dias, em que a cabeça trabalha melhor, o corpo
descansa, a alma canta, o silêncio é soberano e todos os assuntos se misturam.
Salve Saturno!
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