Alguns gostam de vatapá, outros preferem
passear em veleiros.
Estamos aqui reunidos no planeta azulzinho, a
dividir o espaço, o tempo, a nos acotovelar por uma chance, por um momento.
Perambulamos todos com olhos no espelho, no
da frente e no retrovisor. Desviamos ameaças e plantamos árvores.
As pirâmides continuam lá, erguidas,
equilibradas e a água modifica os desenhos na areia da praia.
Com malagueta apuramos o tamborim ou provamos
tragos de outras bebidas.
Colecionamos figurinhas, cães, álbuns, filhos,
memórias.
Em segundos nenhum de nós, nenhum de todos
nós, estará aqui; entulharemos cemitérios. Friedrich viverá.
As chansons não explicam, ouço um tiro lá
fora, o semáforo está fechado.
Alguns acham que conhecem pássaros outros
explodem átomos. Um homem esculpiu uma mesa.
Inventaram o cigarro. Todos querem
flores em vida.
Há paz na terra e guerra universal.
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