Trinta mil vezes visitaram meu blog.
Os amigos, decerto. Os inimigos, talvez. Os
curiosos, os que não conheço, os que têm um tempinho, os amigos dos meus
amigos, os amigos de meus inimigos, os inimigos de meus amigos...
Tem gente da Ucrânia, da Alemanha, dos EUA,
Polônia, Reino Unido, Itália, Argentina. Fico curiosa.
Gosto de me comunicar pelo blog, de saber que
há interesse pelo que penso ou sinto. Vaidosa.
Escrevo sem compromisso, só o que me dá na
veneta, quando quero, quando a musa se apresenta, sem cobranças. Sou
preguiçosa.
Mesmo assim, trinta mil vezes fui lida. E
sinto agora um orgulho piegas de estar de alguma maneira entrelaçada a outras
vidas, na sequência infinita que é nosso papel humano na terra – me sinto parte
da poeira cósmica, sou grão de areia como meus irmãos de jornada, estou
integrada a vida de outros na mesma corrente planetária de comunicação.
Segundo o que sei das estatísticas, trinta
mil acessos é pouco. É nada. É o que gente importante tem em míseros instantes,
em algumas horas; um dos blogs mais visitados do Brasil tem 400 mil visitas por
dia.
Mas ainda assim comemoro: trinta mil vezes
leram o que eu escrevi!
Não faço fofoca política, não ligo para
celebridades, não tenho humor reinante, não comento manchetes de jornais, não
há linha editorial. Escrevo o que rodopia dentro da cabeça, conversas sem
encomendas.
Vou vivendo e de vez em quando postando. É um
jeito de reinventar o papo, de alcançar o outro, de trocar.
Sei que não sou sempre aplaudida e que tenho
uns leitores que me visitam naquela relação meio doentia de odiar o que escrevo
e só ler para comprovar suas teorias sobre minhas besteiras. Não importa. Ainda
assim tive trinta mil vezes a atenção, o tempo, os olhos críticos.
Tenho também a grande honra de me apontarem, vez
em quando, como tradutora de pensamentos alheios, volta e meia recebo a
mensagem “era isso que eu queria dizer” ou “eu penso como você”. E essa é minha
glória.
Do quartinho dos fundos, que transformei em
escritório, trinta mil vezes repito: estou feliz, agradecida, agraciada.
Trinta mil compassos! Evoé!
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