sábado, 2 de agosto de 2014

a publicar declaração


Domingos,

Não sei se você sabe o que aconteceu por aqui por esses dias... Continuo na mesma balada de antes, língua solta, te contando tudo.

A Etel e o Alan, que fazem o Poemoda na Educativa, inventaram de falar de você, de te saudar, te mostrar inesquecível e em alguns momentos, quase inédito. Anunciaram para o mundo, convidaram um monte de gente, reuniram cyberforças para que pudessem todos, de perto e de longe, te ouvir e te saber mais um pouquinho: programa de rádio.

Como se tudo isso já não fosse coisa demais para os nossos corações, chamaram o Xico Bizerra para te explicar melhor.
Eu não o conhecia, Domingos, agora quero saber tudo sobre ele, mais uma porta que você abriu pra mim – acho que você continuará a fazer isso pra sempre... 
Que maravilha! Quanta sensibilidade pra juntar palavras certas. Virei fã!

Essa dupla, que consegue a incrível façanha de afinar trabalho, sentimentos e pensamentos tendo um oceano no meio, não parou por aí. Etel e Alan me pediram para falar, para falar no rádio, você acredita? Depois de tanto tempo longe das hertzianas voltei para falar justamente de você. Não foi fácil, estava emocionada, precisei gravar oito vezes cada texto e mesmo assim fiquei com aquela voz de pato, coisa fanha... 

Foi nessa oportunidade que consegui, pela primeira vez depois que você foi embora, ouvir a minha música inteira. “Adriana” tocou duas vezes (quarta e hoje) e eu escutei tudinho e, de novo, pude ter aquela emoção tão única, tão minha, que diz tanto sobre esse amor que tenho por você. E nos dois momentos eu revi muitas passagens dessa gloriosa amizade que, não sei explicar, não cessa.

Quando eu achei que meu coração já tivesse provado de maravilhas suficientes em tempo tão curto, a Etel tratou de me surpreender mais uma vez e me mostrou que de um texto meu, fez letra para música sua. Assim, ficamos os três ligados por esse laço de fantasia maior que é a música. 

Você tinha razão, o futuro chegou e a vida está a me tratar muito bem.

Espia aí:

Adriana (Justeza)
Dominguinhos/ Adriana Sydor/ Etel Frota

Me deixa refletir a tua beleza
me contemplar nos teus olhos
me deixa chamar-te princesa
me deixa pentear os teus cabelos devagar, ai...
pintar-te em quadro, dar-te um doce, beijar-te as mãos
Vem mulher, vem sutil, vem amor, toda tão feminina, tão felina
deita ao meu lado que eu vou esquentar os teus pés nesta noite de frio
encantado, coloco em teu colo estas flores de abril

Flutuando em tuas próprias marés
me improvisas jantares em jazz
e me mostras teus céus, o sol, lua nova, as estrelas, sim

Num jornal, grande circulação
eu publico esta declaração:
uma vida não nos bastará, ó mulher, eu sei,
pra cantar, a quem ouvir, nossa canção


4 comentários:

  1. LINDO DEPOIMENTO. ACHO QUE SEU DOMINGOS AO LER ESTA 'CARTA' CHOROU, MAS DE ALEGRIA. EM NÓS A SAUDADE, ETERNA COMO ELE. xico bizerra

    ResponderExcluir
  2. Das várias maneiras possíveis de homenagear Dominguinhos, optamos por mostrar que existe um tesouro musical a descobrir, como são as parcerias com Xico Bizerra. E, graças ao teu depoimento emocionado, conseguimos mostrar um pouquinho do grande coração que ele tinha. Nós é que temos muito a te agradecer, Adriana, por deixar-nos mostrar esse belo retrato de uma amizade sincera.
    Agora, essa triceria não estava no script! Não sabia nada disso. Amei a letra. Você merece ambos, música e letra! Agora vou ficar aqui, impaciente, aguardando a gravação.

    ResponderExcluir
  3. E a Etel escreveu assim:

    " Adriana, embalada por uma sanfona e por palavras ternas, dormi, sonhei sonhos benfazejos e acordei cheia de uma felicidade melancólica, e da certeza de que o que é belo e sincero é imortal. A música simplesmente como um depoimento desse afeto que nos une a todos, benzadeus!"

    ResponderExcluir