terça-feira, 12 de agosto de 2014

borboleta


Adoro o dia 13.
Tenho cá meus motivos, todos eles muito particulares, que não cabem em revelação pública. Coisa bem minha, tão minha que as vezes as perco no meu calendário desordenado e distraído: outros dias acabam virando 13.  
As vezes as belezas do 13 caem no 12, mas sei que elas pertencem mesmo ao décimo terceiro e que se aparecem antes é para abrir caminho para tão celebrada data.

Modificações acontecem comigo. Flutuo, levito, meus gestos ficam lentos, a voz mansa, a boca carmim. Os apetites me gritam e eu transbordo. É o dia da feliz mutação.

O meu grande objetivo de vida é tratar todos os dias da existência, todos os dias do ano, todos os dias sem número, como se 13 fossem e deixar que seus encantamentos me caiam feito banho em mar calmo e morno, águas transparentes e corpo abraçado.

E assim eu vou, me renovando a cada novo 13.
Ops! Hoje ainda é 12, mas amanhã, ah! amanhã ninguém me segura! 

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