As vezes tenho pensamentos sobre a
felicidade. A minha. Me batuca a cabeça se numa quinta-feira qualquer
acordarei, olharei para o lado e concluirei, sem ressalvas, eu sou feliz!
É claro que já sei da inexistência de
felicidade plena. O que não entendo é por que cargas d’água inventaram esse
termo. Decerto para cutucar os fracos ou para incentivar a marcha em busca de
coisa melhor – horizonte.
Mas, as vezes, penso se haverá época disso. E
se houver, o que farei? Ficarei sendo feliz, sem preocupações, perrengues,
questões? Pararei de procurar? O mundo deixará de me incomodar? Não terei interrogações
nem menores nem maiores? Viverei plenamente sem nenhum tipo de incômodo?
Que coisa tediosa a felicidade plena!
Talvez seja o revezamento que faça a vida
girar: acerta-se um lado, para correr atrás da solução de outro. Uma
alternância entre os grandes temas maiores da vida, os assuntos que compõem a
vida privada: família, amor, saúde, trabalho. E na folga entre um e outro, as
coisas do mundo, minha nega: as fomes, as guerras, os desmatamentos, a
política.
Quando comecei escrever esse texto engatei
numa linha de pensamento. O que tinha separado como final, agora, aqui, nesse
parágrafo, já não me faz mais sentido algum.
Por hora, vou procurando o
desfecho, quando o encontrar, provavelmente ele será mais um pedaço para as
minhas plenitudes.
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