Ah! A Copa do Mundo no Brasil foi/é coisa
belezinha... Me proporcionou momentos tão bacanas!
Desde menina fico louca na época do
campeonato, quero ver tudo, saber de tudo, ouvir todas as opiniões, palpitar,
assistir tudo que posso. Os comerciais são mais bonitos, as ruas ficam
enfeitadas, as pessoas dispostas e os taxistas muito mais técnicos nas conversas. O país
se exibe em maravilhas.
Torcedores brasileiros sempre falam em
derrota, em merecimento de derrota e depois, vesgos, em frente à TV, se
descabelam. Amor e ódio. Razão e emoção. Um milhão de bobagens, de contradições
e absurdos. É bom quando a gente se permite...
Mas dessa vez, tudo foi tão diferente... Foi
muito diferente! A começar pelo “não vai ter Copa”, passando pelo “imagine na
Copa” e por fim, “esse time não serve pra nada”.
Ora bolas!, teve Copa, foi bacana e esse time
serviu para nos esclarecer várias coisas. Não falarei aqui sobre tudo que está
exposto nos programas esportivos sem-fim que rolam por aí, a falar do tosco do
Scolari, do Marin, de teimosia, de grana, de combinações, acertos e falcatruas.
O nosso ópio tem papel importante e se nos
distrai da realidade, é só porque ninguém consegue viver afundado o tempo todo
em problemas cotidianos.
Um instante, maestro! O circo também tem
valor!
Pessoalmente, a Copa me deu mais alguns cabelos
brancos e rugas, boas risadas, grandes encontros, conversas prazerosas,
leituras divertidas, bom humor, mau humor, apatia, reflexões, informações sobre
outros países, informações sobre o Brasil.
O que veio para o coletivo, sobre robalheira,
desvio de grana, condutas duvidosas, revoltas sobre como as coisas são feitas
por aqui, não se apaga agora, é o jogo novo que está começando e faz parte da
vida cidadã, fincar os pés na realidade e avaliar tudo isso. O momento para
isso é exatamente esse.
Pode ser que só o recorde sete a um tenha o
poder de dar pesos e medidas no tanto de distração que precisamos para
enfrentar o que temos que decidir agora. Desabar na realidade, como disse a Iara Teixeira, tem lá sua utilidade...
Sem o alucinógeno não há máscara nem
ilusão: há muita gente que depende de um jogo sério e bem pensado - e não é de futebol que estou a falar agora.
Boa...
ResponderExcluir;-)
Excluirperfect...
ResponderExcluir