domingo, 22 de setembro de 2013

menos um piá curitibano...



Esse ano miserável continua a arrancar pessoas daqui...

Hoje acordei com a notícia da partida do Paulo Chaves.

Eu tive com ele momentos muito intensos de convívio. Dividimos por oito anos a rotina, o cotidiano, os desentendimentos, as brigas, as conquistas, a luta. Cada um lutava pelo que achava justo e certo. Muitas vezes fomos adversários. Em outras, aliados. Em todas o bom combate!

O importante da história é que ele sempre foi um homem honesto, trancado em suas decências, sem deixar frestinha para circular o que não acreditava certo.

Há muita comoção nas horas de partida. Eu mal consegui segurar minha onda, quem diria a da família...

A gente sabe dessas coisas desde que nasce, mas nesses momentos, em que fica muito estampado o nada no mundo que todos somos, dá vontade de chorar. Chorar debruçada sobre o amigo por ele e por nós que ficamos por aqui a nos engalfinhar na miséria da sobrevivência diária...

Eu estou muito aborrecida, chateada, sentida com a morte de um homem bom, do bem. Um maluco que muitas vezes sacrificou os próprios sossegos para dar conta do que achava correto para o momento.
Mas, como ele mesmo nos dizia, segue o baile...

Fui...
Tudo que eu queria era estar aqui
Ser algo importante ou necessário
Hoje acordo e me deparo,
Vazio, transitório, inócuo, falso emissário
Cegueira d’alma
Verdade única: tempos de piá
Vida improvisada, pulsar acelerado
Querendo futuro já
Esquecendo de aproveitar, conformado
Os sons, as dádivas, os sinais.
(PChaves)

5 comentários:

  1. Pena, mais um amigo de infância que segue seu caminho rumo ao além. Eu aqui em Maceió-Al recebo essa triste notícia, mergulhando em mil recordações de nossa infância lá pros lados Taboão. Aproveito este post para transmitir a Zulmari sua irmã e sua primeira parceira nos microfones de quermesse da Igreja do Divino, a seus familares os meus sinceros sentimentos.

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    1. pô! Cong,
      muito, muito, muito difícil!
      muita tristeza...

      que bom que você está por aqui...

      beijo,

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    2. Imagino, eu é que agradeço sua postagem,bj.

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  2. como dizem os freudianos " a morte é a grande castração" e com certeza somos absurdamente despreparados para lidar com ela...

    JOPZ

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    1. isso mesmo! ninguém tem aprendizado suficiente para tratar o assunto...
      fim de filme, fim da linha, fim do casamento, até o fim saúde... mas o fim da vida a gente não sabe...

      :-(

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