terça-feira, 27 de maio de 2014

sem filtro



Alguns gostam de vatapá, outros preferem passear em veleiros.

Estamos aqui reunidos no planeta azulzinho, a dividir o espaço, o tempo, a nos acotovelar por uma chance, por um momento.

Perambulamos todos com olhos no espelho, no da frente e no retrovisor. Desviamos ameaças e plantamos árvores.

As pirâmides continuam lá, erguidas, equilibradas e a água modifica os desenhos na areia da praia.

Com malagueta apuramos o tamborim ou provamos tragos de outras bebidas.

Colecionamos figurinhas, cães, álbuns, filhos, memórias.

Em segundos nenhum de nós, nenhum de todos nós, estará aqui; entulharemos cemitérios. Friedrich viverá.

As chansons não explicam, ouço um tiro lá fora, o semáforo está fechado.

Alguns acham que conhecem pássaros outros explodem átomos. Um homem esculpiu uma mesa. 

Inventaram o cigarro. Todos querem flores em vida.

Há paz na terra e guerra universal. 

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