terça-feira, 20 de maio de 2014

30 mil vezes



Trinta mil vezes visitaram meu blog.
Os amigos, decerto. Os inimigos, talvez. Os curiosos, os que não conheço, os que têm um tempinho, os amigos dos meus amigos, os amigos de meus inimigos, os inimigos de meus amigos...

Tem gente da Ucrânia, da Alemanha, dos EUA, Polônia, Reino Unido, Itália, Argentina. Fico curiosa.
Gosto de me comunicar pelo blog, de saber que há interesse pelo que penso ou sinto. Vaidosa.
Escrevo sem compromisso, só o que me dá na veneta, quando quero, quando a musa se apresenta, sem cobranças. Sou preguiçosa.
Mesmo assim, trinta mil vezes fui lida. E sinto agora um orgulho piegas de estar de alguma maneira entrelaçada a outras vidas, na sequência infinita que é nosso papel humano na terra – me sinto parte da poeira cósmica, sou grão de areia como meus irmãos de jornada, estou integrada a vida de outros na mesma corrente planetária de comunicação.

Segundo o que sei das estatísticas, trinta mil acessos é pouco. É nada. É o que gente importante tem em míseros instantes, em algumas horas; um dos blogs mais visitados do Brasil tem 400 mil visitas por dia.
Mas ainda assim comemoro: trinta mil vezes leram o que eu escrevi!

Não faço fofoca política, não ligo para celebridades, não tenho humor reinante, não comento manchetes de jornais, não há linha editorial. Escrevo o que rodopia dentro da cabeça, conversas sem encomendas.
Vou vivendo e de vez em quando postando. É um jeito de reinventar o papo, de alcançar o outro, de trocar.

Sei que não sou sempre aplaudida e que tenho uns leitores que me visitam naquela relação meio doentia de odiar o que escrevo e só ler para comprovar suas teorias sobre minhas besteiras. Não importa. Ainda assim tive trinta mil vezes a atenção, o tempo, os olhos críticos.
Tenho também a grande honra de me apontarem, vez em quando, como tradutora de pensamentos alheios, volta e meia recebo a mensagem “era isso que eu queria dizer” ou “eu penso como você”. E essa é minha glória.

Do quartinho dos fundos, que transformei em escritório, trinta mil vezes repito: estou feliz, agradecida, agraciada.
Trinta mil compassos! Evoé!

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