um dia desses um amigo me perguntou sobre como estava curitiba eu respondi assim:
Não sei com qual freqüência você vem à cidade; em 17 anos muita
coisa certamente mudou, para o bem e para o mal... Mas ainda dá para andar pela
Rua XV a caminho da Confeitaria das Famílias e ouvir “borboleta 13, corre hoje,
federal”. A pastelaria Brasileira e a pizzaria Itália continuam maravilhando as
imediações da Biblioteca Pública.
O Teatro Guaíra à noite tem aquela iluminação linda, mas a melhor
agenda ainda fica por conta do Paiol...
O Acrótona continua servindo sopas em endereço suspeito, mas a
dissidência rica, A Pamplhylia, impera no Batel, fazendo brindes com vinho ruim
da casa a casaizinhos de noivos da classe média-média. E por falar em Batel,
sabe-se lá por que, agora há uma variação nas imediações da Praça Espanha, o
local chama-se Batel Soho.
No antigo e eterno restaurante São Francisco, na rua de nome igual e
bairro idem, o tempo parou e todos os meses ouço as mesmas histórias, dos mesmos
garçons de quando era criança. O Bife Sujo virou um buffet por
quilo (com 15 tipos de salada); o Stuart atende no mesmo local há mais de um
século, os garçons de 30 anos de bar, continuam por lá, mas com algumas
variações no público, cardápio, bar e ambiente...
A Boca Maldita ainda ferve aos sábados pela manhã.
A noite do Largo da Ordem não existe mais.
O trânsito está caótico.
O sotaque mudou um pouco.
Os parques se multiplicaram.
Mais de 2 milhões de pessoas vão pra lá e pra cá nos raios
metropolitanos da cidade, que não têm mais aqueles terrenos enormes das
periferias, foram trocados por condomínios com dezenas de casas, muros altos, cercas elétricas e vigias...
Ah! E como a cidade cresceu muito, pra tudo quanto é lado, a Estrada
da Graciosa é logo ali e as vezes até dá tempo de se dar ao luxo de durante a
semana comer um pastel por lá e voltar rapidinho para o batente...
17 anos
é (e não é!) tempo suficiente para mudar muita coisa!
Apesar de tudo, eu gosto muito daqui... acho que se tivesse uma
brisa salgada e um mar batendo na minha janela, jamais sairia.
Um
abraço,
Adriana
Sério que ainda existe a Pizzaria Itália?
ResponderExcluirDeus, faz mais de dezessete anos que eu não ando pela city!
San, o passeio pela xv ainda é ótimo! As arvores cresceram, a arquitetura se mantém, pena que a população tenha aumentado tanto e o comércio popular, com suas caixas de som no ultimo volume, tirem um pouco do ar civilizado... A xv não eh chique, mas é livre, é viva, pulsa. Coloca um tênis e vai lá...
ResponderExcluirSaudades de tudo, até dos "engarrafamentos" - um nada se comparados aos da "cidade maravilhosa";
ResponderExcluirA quinze realmente um tumulto nos últimos meses de CWB;
Mas a coalhada matinal dos domingos na Confeitaria das Famílias era sagrada.
Hoje, com a dificuldade de andar, talvez não aproveitasse tanto da Curitiba a pé, como gostava.
E um mar batendo na janela sempre é bom,
Mas aí não seria Curitiba...
...
Por minha vontade, estaria por lá até hoje
há muita coisa mudando por aqui. as vezes fico triste, dá uma saudade do lugar em que nasci e sempre vivi... as vezes fico feliz em querer comprar uma cataplana, por exemplo, e conseguir.
Excluira cidade cresce e traz muitas vantagens, a gente é que tem mania de achar que antes era melhor. era nada. ou era?